Eu posso te dar todas as estrelas do céu,
correr quilômetros pra te alcançar,
ou cometer um genocídio –
o que for preciso pra te conquistar.
Eu posso te levar pra lua,
pra Paris ou pra São Paulo
e destruir todas as cidades –
se isso te arrancar um sorriso.
Eu posso gritar seu nome de cima de um prédio,
espalhar nosso amor pelos subterrâneos,
ou sussurrar baixinho ao seu ouvido –
mesmo que eu crie as juras mais improváveis.
Eu posso citar poetas antigos
que falem de amor ou de obscenidades,
ou inventar nossas próprias palavras –
pra que tudo fique somente entre nós.
Eu posso errar de vez em quando
pra depois consertar tudo
e ser o que for preciso –
só pra ser perfeito pra você.
Enquanto isso podemos ser o que somos,
sem meias palavras ou verdades,
ao nos entregarmos, plenos,
e eternamente sermos perfeitos pra nós.