Eras tu

Na primeira vez em que vi teu nome, só pude imaginar quem caberia em um nome tão forte e doce ao mesmo tempo. Não sabia quem eras.

Na primeira vez em que vi teu rosto, tudo mudou. Vi que não era teu nome, mas eras tu. Eras aquilo que não podia ser nomeado. Eras aquilo com que eu havia sonhado. Teu nome, forte e doce, era insuficiente para te nomear.

Enquanto caminhavas em minha direção, eu sabia que teus passos causariam avalanches e que qualquer montanha tremeria sob teus pés. E eu acreditei.

Acreditei que seríamos tudo que o mundo nunca viu. Acreditei que serias o motivo de meus versos e de meus roubos a outros poetas.

Acreditei que arrombarias todas as portas da minha vida e que as fechasse somente quando quiséssemos ficar sós.

Acreditei naquele dia, acreditei em todos os outros dias e ainda acredito.

Nunca deixarás de ser o que foste para mim: magnífica demais para caber em teu nome.

Por mais ou por menos que tenhamos feito, agora sei que consigo conter minhas explosões, canalizar algumas e liberar outras: apenas as que nos façam bem.

Porque sei que minhas explosões mais bonitas eras tu. As incômodas… não serão mais vistas.

Reformo agora a casa que existe dentro de mim, para que nela caibas plenamente – com o tamanho e a força de um nome em que não cabes. Com tua doçura. Com tudo que és.

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